Ancellotta
- Details
- Categoria: cepas
Uma uva nativa da Itália, mais especificamente proveniente da província Reggio nell'Emilia, na região de Emilia-Romagna.
Mas é um erro acreditar que a cepa ficou confinada às fronteiras do seu berço de nascimento. Essa é uma uva que ganhou espaço nos vinhedos de outras regiões do norte da Itália, do sul da Suíça, da Espanha, da Argentina, e até mesmo do Brasil.
Um sinônimo reconhecido oficialmente pela OIV para a Ancellotta, é Lancellotta, o que nos remete, inclusive, para a sua história. A família Lancellotti, no século 14, teria sido a primeira a cultivar essa uva.
Na Itália, é uma uva utilizada, principalmente, na composição de alguns vinhos frisantes da denominação Lambrusco, e também no corte dos vinhos denominados Colli di Faenza. Se quiser ler sobre a diferença entre vinhos frisantes e espumantes, clique aqui.
A ancellotta é uma cepa bastante suscetível às doenças do campo e também às geadas, o que exige cuidado extra por parte do viticultor. Por outro lado, apresenta boa resistência ao vento e à chuva.
O cacho da Ancellotta é de tamanho médio, em formato de pirâmide. Os bagos são pequenos, preto azulados.
Com grande concentração de antocianinas, a Ancellotta é capaz de produzir vinhos muito pigmentados, sendo uma variedade útil na adição de profundidade de cor, a outras cepas dentro de um corte. Se quiser ler a diferença entre vinhos varietais e de corte, clique aqui.
Outras características do vinho elaborado com a Ancellotta são o caráter frutado, a acidez boa mas moderada, e os taninos maduros.
E como harmonizar um vinho produzido com a Ancellotta? Se estivermos falando em um Lambrusco tinto, combine-o com presunto defumado, de entrada. Se for um vinho tranquilo, escolha um prato principal à base de carne de porco, cordeiro ou carneiro.
E conheça mais essa uva, parte da incrível amplitude com a qual o mundo vitivinícola nos presenteia.
Saúde!
Seguir @tintosetantos Tweetar